“Learnability” — por que você deve continuar aprendendo sempre
A antiga crença de que devemos aprender tudo o que podemos enquanto somos jovens, e de que perdemos essa capacidade conforme vamos envelhecendo caiu por terra graças à descoberta da neuroplasticidade — capacidade do cérebro em mudar e reorganizar neurônios de acordo com as mudanças.
Isso significa que nosso cérebro se adapta com o tempo e, não só não perdemos nossa capacidade de aprender como devemos estimulá-la mais e mais, através da exposição à novos desafios e conhecimentos, além da prática de exercícios físicos.
“Encorajar a neuroplasticidade do cérebro é a chave para uma aprendizagem e inteligência emocional na fase adulta, o que o ajuda a permanecer mais aberto, intuitivo e capaz de superar preconceitos”, diz a especialista Tara Swart para a revista Forbes.
Outro motivo para estimular essa aprendizagem contínua, é o mercado de trabalho. Vivemos em uma era em que ter conhecimento não basta, afinal com uma rápida busca no Google você consegue encontrar a resposta para quase qualquer questionamento ou informação necessária. O diferencial é saber como interpretar e utilizar esse conhecimento de maneira eficaz, nesse sentido o que se requer dos profissionais de hoje é a capacidade de aprender continuamente e com facilidade, ou “learnability”.
Todos os dias surgem novas tendências, tecnologias, ferramentas e informações, é preciso aprender a lidar com isso e se adaptar com agilidade, por isso empresas têm estimulado seus funcionários a aprenderem e desenvolverem novas habilidades.
De acordo com uma pesquisa feita pelo LinkedIn, 94% dos empregados permaneceriam por mais tempo em empresas que investissem em suas carreiras, além disso, 68% das pessoas preferem aprender no trabalho.
Seja proativo
Não espere que lhe digam o que você precisa aprender, sua curiosidade por diferentes assuntos pode despertar essa habilidade para o aprendizado, que facilitará para que você se adapte à mudanças e novas tecnologias, além de desenvolver novos potenciais que você talvez não saiba que possui.
Aprender ensinando
Além de criar conexões com seus colegas de trabalho, ensinar o que você sabe para outras pessoas fará com que você se aprofunde em seus conhecimentos.
Um pensador medieval inglês chamado Beda, que viveu entre os séculos VII e VIII disse que existem três caminhos para o fracasso:
1- Não ensinar o que se sabe.
2- Não praticar o que se ensina
3- Não perguntar o que se ignora.
O filósofo brasileiro Mário Sérgio Cortella propõe então inverter os ensinos de Beda, no que seriam os 3 caminhos para o sucesso:
1- Ensinar o que sabe — significa generosidade mental.
2- Praticar o que se ensina — por coerência ética.
3- Perguntar o que ignora — humildade intelectual.
Reter o conhecimento não irá agregar nenhum valor ao seu desenvolvimento pessoal ou profissional, pelo contrário, ao não partilhar o que se sabe e ao não praticar o que se ensina, você não estará comprovando ou questionando seu conhecimento, a fim de compreender melhor determinado assunto ou mesmo trabalhar na sua imagem pessoal.
Quando você compartilha seu conhecimento com outras pessoas, torna-se uma referência em determinado assunto, e quanto mais você faz isso, mais estuda e valida esse conhecimento, o que fará com que as pessoas o procurem e lembrem de você como uma pessoa generosa e proativa.
Da mesma maneira, muitas pessoas pensam que não saber algo é motivo de vergonha e pedir ajuda sinaliza fraqueza, o que é um equívoco. Quando perguntamos o que desconhecemos, também nos mostramos interessados e dispostos a aprender.
Buscar aprender coisas novas e encorajar sua equipe a trocar conhecimentos de maneira horizontal é uma ótima maneira de valorizar as qualidades individuais ao mesmo tempo em que se promove a colaboração e união entre as pessoas, além da descoberta de novos talentos e habilidades.
Saiba mais sobre nossa ferramenta para promover a colaboração entre funcionários aqui.